terça-feira, 21 de agosto de 2012

E a memória mais uma vez desaparece.


Infelizmente essa prática é muito comum. Algumas vezes porque não acham necessário, outras por ser caro ou ainda, por acharem fácil.
Temos que ter em mente que obra de arte é memória e através delas conhecemos muito de uma determinada civilização ou época da nossa história.
Essa semana no Rio, a humanidade perdeu uma pintura de Di Cavalcanti, Samba, em um incêndio. Fato triste, porém contra o fogo, pouco podemos fazer, mas contra erros como esse, de proporções enormes, o que dizer? Só lamentar e tentar divulgar a profissão e a necessidade da seriedade com que ela deve ser encarada.
Uma vez ligaram para a minha residência perguntando se eu ministrava cursos de restauração em pinturas, disse que não, mas quis falar sobre o assunto. A pessoa que ligou era um moldureiro, que pelas suas próprias palavras, quebrava um galho restaurando o quadro dos clientes, mas com consciência de que não tinha a técnica. Fiquei alarmada e comentei que não deveria fazer isso, pois a restauração é uma prática muito complexa. Não o convenci, ou seja, continuou a fazer com certeza.
É uma pena que isso aconteça. Algumas vezes dá para reverter o estrago, mas outras...

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