Do castelhano retablo Obra pintada ou entalhada em madeira, mármore ou outro material, geralmente colocada sobre um altar ou atrás deste, formando um nicho.
De origem paleocristã, o retábulo desenvolveu-se a partir da Idade Média, evoluindo de simples painel decorado, feito em esmalte ou marfim, pedras ou madeiras entalhada, depois pintada (desde o século XIII na Itália), até o políptico de vários painéis largamente difundido na Europa do século XV. Durante o Renascimento, cresceu a importância do retábulo, com a execução de verdadeiras composições arquitetônicas com pilastras, colunas, etc. Esse desenvolvimento chegou ao auge nos grandes retábulos barrocos dos séculos XVII e XVIII, nos quais se associavam arquitetura, escultura e pintura.
As sinhazinhãs bordavam santos de papel em fios de ouro, enfeitavam caixas com flores e penas de ganso, que decoravam paredes das fazendas conforme o santo de fé de cada membro da família. Surgia a redoma enfeitada com flores e aproveitamento de pequenos materiais que davam beleza e que completavam a obra de arte.
Em Portugal chama-se Registros - forma de marcar a história e a vida das santas festeiras como S. João, Santo Antônio, São Pedro, Padroeiros, Promessas, etc. Junto ao descobrimento do Brasil pelos Portugueses e colonizadores muito se aprendeu sobre os retábulos, arte hoje quase que extinta, mas ainda encontrada por alguns artistas amantes da arte sacra e histórica.
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